Segundo os últimos dados do Boletim Econômico Tracker realizado pela FECAP, com base nas informações disponíveis no site da Secretaria de Segurança Pública. A cada 3 (três) minutos, 1(um) veículo é roubado ou furtado em São Paulo. Isso representando, atualmente, 19 ocorrências por hora, sendo 12 furtos e 7 roubos. No ano de 2017, foram 8.733 furtos e 5.526 roubos por mês, uma média de 14.259 ocorrências a cada 30 dias. Em janeiro deste ano foram registrados 12.808 boletins de ocorrência, sendo 4.530 roubos e 8.278 furtos.
Comparando o mesmo período do ano passado, houve uma diminuição de 23% no índice de roubos, já o número de furtos se manteve estável. “Os furtos representaram quase o dobro das ocorrências de roubo de veículos, pois a penalidade para este tipo de crime é menor e podem ser realizados com mais agilidade, antes que a vítima acione as autoridades”, avalia o analista de Inteligência de Mercado do Grupo Tracker, Frederico Augusto Lanzoni.
O estudo, que neste mês focou a categoria motocicletas, é resultado da parceria entre o Grupo Tracker – empresa de rastreamento e localização de veículos do Brasil – e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) – referência na área de Gestão de Negócios.
Apesar de, no geral, ter ocorrido uma queda no índice de roubos, a realidade foi diferente para os motociclistas. Em 2017, São Paulo registrou 15.990 roubos de motocicletas, o que representa um aumento de 19%, em relação a 2016.
Para o Grupo Tracker, está alta se dá por vários fatores. “Podemos citar o crescimento do mercado de motos e consequentemente a maior utilização deste meio de transporte, em São Paulo para o trabalho e lazer; a utilização de motos roubadas para prática de atividades ilícitas; a comercialização de peças no mercado paralelo dos desmanches; e a dificuldade dos criminosos em efetuar um furto por conta da tecnologia avançada dos modelos mais novos, levando-os a efetuar uma abordagem direta ao proprietário do veículo”, analisa o coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, José Resende.
Segundo o coordenador no Núcleo de Conjuntura Econômica da FECAP, Erivaldo Costa Vieira, acrescenta que, devido ao constante cenário de criminalidade, os motoqueiros estão adotam procedimentos de segurança e proteção, como a colocação de travas e alarmes e tomam mais cuidado ao estacionarem o veículo. “Isso dificulta a ação furtiva do criminoso, que passa a buscar sua mercadoria de uma forma mais violenta, neste caso, por meio de roubo”.
O horário preferido dos bandidos para praticar o crime foi à noite (49,53%), seguido da madrugada (17,91%), tarde (17,30%) e manhã (14,86%). A cidade de São Paulo respondeu por 40,23% dos registros, seguida por Diadema com 4,99% e Osasco com 3,82%.